No intuito de ampliar o conhecimento da rede socioassistencial acerca do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora (SFA), no último dia vinte e cinco (25/10) a equipe técnica apresentou essa modalidade de acolhimento para cerca de 45 profissionais da rede socioassistencial do município de Vitória. Participaram técnicos e coordenadores dos CRAS, CREAS, CAJUNS, além de representantes dos Conselhos Municipais de Assistência Social e dos Direitos da Criança e do Adolescente, e Conselheiros Tutelares.
“Os serviços da assistência social conhecerem e se apropriarem dessa modalidade de acolhimento, amplia o alcance no atendimento às famílias de origem e extensa acompanhadas, como também o conhecimento e interesse dos munícipes em se tornarem futuras famílias acolhedoras” afirmou Cristiane Bronzoni Cecato, coordenadora do SFA.
Esse momento de aprendizado e troca de saberes foi organizado pela Gerência da Alta Complexidade da Secretaria de Assistência Social do município, por compreender a importância da divulgação dessa modalidade de acolhimento junto a rede de serviços local. Estiveram presentes, a Secretária Municipal de Assistência Social, Cintya Silva Schulz, a Sub-secretária, Carla Scardua, a Gerente dos Serviços da Alta Complexidade, Anacyrema Silva, dentre outras importantes representações, como os presidentes dos conselhos municipais.
Para a assistente social do SFA, Kamila Vieira de Moura este espaço foi importante neste período de retomada do SFA no município. “A apresentação do Serviço proporciona promoção de conhecimento, sensibilização, além da desmistificação de algumas ideias. É um importante passo para ampliarmos o número de famílias cadastradas e, consequentemente, o acesso de crianças e adolescentes ao serviço”.
A formação trouxe reflexões importantes e necessárias sobre a história da infância brasileira, as mudanças na legislação, a cultura da institucionalização, o olhar sobre a família de origem, e apresentou informações sobre a modalidade de acolhimento em famílias acolhedoras, destacando os caminhos para se tornar uma família habilitada ao acolhimento, e o papel da rede intersetorial e do Sistema de Garantia de Direitos.
Cenário Brasileiro sobre acolhimento
Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), das 29.423 crianças e adolescentes acolhidos (as), apenas 4% se encontram no acolhimento em família acolhedora. Esse percentual equivale a 1.429 acolhidos nessa modalidade de acolhimento familiar (dados de maio de 2022).
Esses dados mostram a real necessidade em ampliar o Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora no país, fortalecendo no âmbito local, os movimentos iniciados em diversos estados brasileiros em prol da priorização dessa modalidade de acolhimento, conforme preconizado no Art. 34 do ECRIAD (alterado pela Lei nº 12.010/2009).
O município de Vitória, através de parceria entre a Secretaria Municipal de Assistência Social e a Fundação Fé e Alegria do Brasil, tem assumido de maneira comprometida a execução do Serviço Família Acolhedora, assegurando às crianças, adolescentes e famílias, acolhimento respeitoso, escuta qualificada e preservação de seus direitos fundamentais.
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