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Abraço: Um Gesto Transformador no Processo de Acolhimento

O abraço, simples na sua execução, é uma ferramenta poderosa na criação de vínculos e na promoção do bem-estar emocional. Ele não apenas reduz os níveis de estresse e ansiedade, como também desempenha um papel essencial em contextos onde o acolhimento e a conexão emocional são cruciais, como nas famílias acolhedoras. Nesse ambiente, onde crianças e adolescentes vivem uma ruptura com suas famílias biológicas, o abraço pode ser um símbolo de segurança, confiança e afeto, que são fundamentais para o seu desenvolvimento emocional.

A Importância do Abraço na Construção de Vínculos

O ato de abraçar libera ocitocina, conhecido como o “hormônio do amor”, que fortalece laços interpessoais e gera sentimentos de confiança e proximidade. Em uma família acolhedora, onde o vínculo inicial entre a criança e seus cuidadores pode ser frágil, o abraço se torna um gesto poderoso. Ele ajuda a transmitir o acolhimento e a construir um ambiente seguro, indispensável para o desenvolvimento emocional e psicológico saudável. O abraço funciona como uma ponte emocional que reduz a sensação de isolamento, muitas vezes experimentada por crianças em situações de vulnerabilidade. Esse simples gesto de afeto pode sinalizar para a criança que ela é valorizada e amada, contribuindo para a demonstração de sua autoestima e para o estabelecimento de laços de confiança com os novos cuidadores.

Segundo o psiquiatra americano Bruce Perry, especializado em traumas infantis, o toque e o contato físico positivo, como os abraços, desempenham um papel vital na cura de traumas emocionais. Crianças que passaram por situações de abandono ou violência muitas vezes mostraram desconfiança em relação a novos cuidadores, mas gestos afetuosos consistentes, como abraços, ajudam a reconstruir seu sentimento de segurança e capacidade de formação de conexões emocionais. Esses gestos funcionam como uma linguagem não verbal que comunica acolhimento e proteção, essenciais para crianças que enfrentam rupturas em seus relacionamentos primários. O abraço, quando oferecido com empatia e respeito, ajuda a suavizar os efeitos do trauma e cria um espaço onde a criança pode começar a se sentir aceita e amparada novamente.

Abraços e a Redução do Estresse em Crianças Acolhidas

O estresse é uma realidade constante na vida de crianças que precisam de acolhimento temporário. A separação de suas famílias de origem e a adaptação a um novo ambiente são fatores que podem gerar níveis elevados de cortisol e hormônios do estresse. Abraços, por sua vez, têm um efeito comprovado na redução desses níveis, contribuindo para um estado de maior tranquilidade e segurança emocional.

Em um ambiente acolhedor, o contato físico carinhoso, como um abraço, pode transmitir uma sensação de segurança e pertencimento, ajudando a criança a lidar melhor com as mudanças e os desafios do acolhimento. Esse simples gesto não apenas alivia o estresse imediatamente, mas também favorece o desenvolvimento de um vínculo saudável com os cuidadores, essencial para a estabilidade emocional.

Uma pesquisa realizada pela Universidade Carnegie Mellon revelou que o abraço ajuda a ativar o sistema nervoso parassimpático, reduzindo a frequência cardíaca e promovendo uma sensação de calma. No contexto da família acolhedora, isso é especialmente relevante, pois ajuda a criança a sentir menos ansiedade e mais aberta a formar novos laços emocionais saudáveis.

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Texto elaborado por Fabíola Reis

 



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